Sete da noite, jogo aquele velho casaco na antiga poltrona em minha sala, aquela que fiquei horas pensando durante aquela madrugada. Ainda estou pensando naquele sonho, se ainda posso chamar de sonho, do jeito que isto me anseia, talvez seja um pesadelo.
Entro no chuveiro, pensamentos rodeiam minha mente naquele momento, mando eles para longe...com isso se vão três, quatro, até cinco garrafas da cerveja que sobraram daquele domingo. Me deito, me viro para todos os lados, levanto, fumo um cigarro e o sono ainda não vem.
Depois de algumas horas nesta batalha consigo pegar no sono, aquela imagem se repete, você em minha direção, silêncio...acordo, despertador tocando, de novo este sonho maluco? Novo dia, me pego no escritório...amigos me perguntam sobre meus amores, dou dois passos para trás, derrubo pilhas de canetas.
Desculpe sou um pouco atrapalhado, duas gargalhadas e volto para o meu trabalho, algum almoço qualquer, três da tarde, abro a gaveta e vejo aquele velhos bilhete, sim aquele que dizia...
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