segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Capítulo #3: Retratos falados

Aquela mensagem, esquecida, aquele profundo...sinto muito, imaginei esta cena como uma momento cinematográfico, neles seria um eu te amo, mas não vivemos este filme estrelado de falas perfeitas conduzidas por gargantas afiadas de letras decoradas.

Poucos pedaços de mim forraram o chão, preciso de mais dois goles de whisky, apesar de estar no trabalho sempre guardei uma discreta garrafa, nunca bebera, mas hoje será necessário, estou numa corda branca...pronto para cair.

Bebo mais alguns goles, pisco três vezes seguidas, fecho os olhos e derrepente estou no bom e velho parque da rua debaixo, pensamentos confusos, sonhos? Devaneios? Bebi demais? Será que faz algum sentido, ouço uma gaita tocando, não é um vagabundo qualquer, é o mesmo morador de rua da Avenida 77, sempre pensei que este cara tivesse em algum momento maluco, talvez seja agora.

Volto para o escritório, se passaram 3 horas do horário que pelo menos era naquele simples flash, sento na minha mesa, a redação está uma loucura, olho para a gaveta e lá está novamente o bilhete, tremo algumas vezes. Detalhes de um passado na qual já se fora para o fundo do baú, mas por que isto estava aqui? O que está acontecendo?

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